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Consórcios com empresas da África do Sul, França e Argentina vencem leilão de privatização dos aeroportos

Denis Carvalho
06/02/2012 às 13:13

Consórcios com empresas da África do Sul, França e Argentina vencem leilão de privatização dos aeroportos

A Infraero concluiu com sucesso o leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, realizado agora de manhã na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo. Os grupos vencedores pagarão R$ 24,535 bilhões ao governo federal – um ágio  de 348% sobre o preço mínimo de R$ 5,477 bilhões definido no edital.

O aeroporto de Cumbica, o mais importante do Brasil, será administrado pela Acsa, da África do Sul, parte do consórcio formado pela Invepar. O lance foi de R$ 16,2 bilhões, com ágio de 373,5%. O mínimo era de R$ 3,4 bilhões.

A ACSA – Airport Company South Africa – opera os três principais terminais da África do Sul, O.R. Tambo, Cape Town e King Shaka, que juntos receberam, em 2010, cerca de 30 milhões de passageiros. Também opera, desde 2006, o aeroporto de Mumbai, na Índia. Já o grupo Invepar administra as rodovias Linha Amarela (RJ),  Raposo Tavares (SP), Litoral Norte (BA), Bahia Norte (BA), RioTeresópolis (RJ), Rota do Atlântico (PE) e a metroviária MetrôRio.

O leilão para concessão do aeroporto de Campinas foi vencido pela Triunfo Participações e Serviços, com o operador Egis Avia, da França. O lance foi de R$ 3,8 bilhões, com ágio de 159,7%. O mínimo era de R$ 1,5 bilhão. O grupo Triunfo engloba empresas de administração de estradas  e portos, enquanto a companhia francesa opera 11 aeroportos no mundo, entre eles os da Costa do Marfim, Gabão e da Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa.

Já o consórcio Engevix, com a Corporación América (Argentina) como operador, venceu o leilão de concessão do aeroporto de Brasília. O lance foi de R$ 4,5 bilhões, com ágio de 673%. O mínimo era de R$ 582 milhões. A empresa argentina controla 33 aeroportos argentinos e outros sete em países como Equador, Peru, Itália e Armênia. É a operadora do primeiro aeroporto privatizado no Brasil (São Gonçalo do Amarante, em Natal) que ainda será construído.

O leilão teve a participação de algumas das maiores operadoras do mundo, como ADC&Has (Houston), Aena (Madri e Barcelona), Ferovial (Heathrow, Londres), ADP (Charles De Gaulle, Paris), Schiphol (Amsterdã e Nova Iorque), Fraport (Frankfurt) e Changi (Cingapura)

Como fica
Com o leilão, o setor privado passa  a ter 51% de participação na nova sociedade que vai gerir os aeroportos. Já a Infraero possuirá 49%, sendo esse o limite máximo. Essa participação pode ser diluída ao longo dos anos e diminuir. Nesse caso, a participação do setor privado aumenta.

O valor será pago ao longo do prazo de concessão, que é de 20 anos no caso de Guarulhos. Para Campinas, o tempo estipulado foi de 30 anos e, em Brasília, 25 anos. Os concessionários pagarão ainda um percentual sobre a receita. Além disso, vão se comprometer a realizar investimentos de longo prazo, sendo de R$ 4,6 bilhões em Guarulhos até o final da concessão. Considerando os três aeroportos, os investimentos totalizarão R$ 16,1 bilhões (R$ 8,7 bilhões em Campinas e R$ 2,8 bilhões em Brasília).

Entre as obras previstas estão a construção de um novo terminal em Guarulhos, com capacidade para 7 milhões de passageiros por ano. Em Campinas, haverá um novo terminal com capacidade para 5,5 milhões de passageiros por ano, enquanto o novo de Brasília deverá suportar até 2 milhões de pessoas anualmente.

Com informações dos jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo

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