logo Melhores Destinos

O que fazer na Garden Route – dicas para a sua viagem pela costa da África do Sul

Avatar
27/06/2017 às 15:52

O que fazer na Garden Route – dicas para a sua viagem pela costa da África do Sul

Recentemente publicamos no site um relato sobre o Kruger National Park, o parque sul-africano que é um dos mais famosos do mundo para safáris. Porém, como muitos puderam acompanhar pelo Instagram do MD, a viagem pelo fabuloso país de Nelson Mandela não terminou por aí, pois do Kruger seguimos viagem, de carro, até a famosa Garden Route.

Roteiro pela Garden Route, na África do Sul

A Garden Route é uma rota natural deslumbrante pela costa sudeste da África do Sul. Um percurso de pouco mais de 200 quilômetros pela N2 – de Storms River até Mossel Bay – repleto de belas paisagens de rio, mar, montanha e fynbos (vegetação típica), praias de areia altamente convidativas, cachoeiras e cidades como Knysna, Plettenberg Bay e George, repletas de hotéis, restaurantes e afins.

Paisagens de mar e montanhas de tirar o fôlego, em Knysna/fotos: Rafael Dantas

Isso sem contar com estradas bem sinalizadas e superconservadas – perfeitas para quem gosta de dirigir – pontos de apoio com postos de gasolina, lojas de conveniência e lanchonetes, além de uma grande quantidade de atrações, entre elas belíssimas trilhas e o bungee jump Face Adrenalin, com nada mais nada menos do que 216 metros de altura.

Todo este roteiro foi feito em três dias, iniciando a viagem em Porto Elizabeth até Storms River: uma noite em Nature’s Valley e outra em Mossel Bay. É possível percorrer a Garden Route em apenas um dia – são apenas 200 e poucos quilômetros – mas eu, realmente, não aconselharia ninguém a fazer isso devido à grande quantidade de atrações.

Cenas da Garden Route

Dia 1

Deixamos o hotel em Porto Elizabeth logo cedo e seguimos viagem pela bem conservada N2 com destino à cidade do nosso primeiro pernoite: Nature’s Valley. A escolha de Nature’s foi proposital, pois naquele mesmo dia, à tarde, saltaríamos no Face Adrenalin, o mais alto bungee jump de ponte do mundo.

O percurso até a bela vila à beira-mar – de mais ou menos duas horas (200 km) – foi meio tumultuado. E o motivo para isso foi termos excedido um pouco a velocidade permitida, resultando em uma “bela” multa aplicada pela Metro Police, na saída de Porto Elizabeth. Passado o susto e lição aprendida, seguimos viagem até a nossa primeira parada: a Storms River Bridge ou Ponte Paul Sauer, na região de Tsitsikamma.

Vista da Storms River Bridge ou Ponte Paul Sauer

A bela ponte suportada por um arco de ferro é de 1956 e tem 120 metros de altura. Lá do topo se tem a real dimensão da altura e, claro, uma vista estonteante da garganta do rio. Para admirar toda a natureza que há em volta é só estacionar o carro no posto de gasolina que fica numa das pontas da ponte e seguir à pé por um caminho exclusivo para pedestres. Prepare a câmera fotográfica!

O que fazer em Tsitsikamma

Uma das atrações mais famosas da região é uma ponte suspensa de 1969, sobre as águas de coloração vermelho-amarronzada do Storms River Mouth. Na verdade, a ponte fica dentro do Parque Nacional de Tsitsikamma – administrado pelo Sanspark (o mesmo do Kruger) – cuja costa rochosa tem 80 quilômetros de extensão com paisagens incríveis de mar e cadeia de montanhas com vales isolados. Ou seja, o parque em si já é uma grande atração!

A bela ponte suspensa do Storms River Mouth

Para entrar no Tsitsikamma é preciso pagar uma taxa de conservação de 196 Rands (adultos) e 98 Rands (crianças), o equivalente a mais ou menos R$ 46 e R$ 23. No entanto, aqueles que buscam algo mais específico ou radical podem optar pelos hikings de curta e longa duração oferecidos pelo local, entre elas a Otter trail, uma das mais aclamadas do país, com duração cinco dias e quatro noites (um bom preparo físico é exigido). Lembrando que o parque, assim como o Kruger, também oferece hospedagem para os que desejarem ficar bem pertinho de toda aquela natureza.

 Clique aqui para saber mais sobre as atividades oferecidas pelo parque;

Em Storms River Mouth o visitante também pode explorar piscinas naturais e cavernas a bordo de um caiaque. A empresa Untouched Adventures tem experiência no assunto e promove tours de duas a três horas pelo custo de 500 Rands. Neste link você fica a par de todas as informações necessárias e também já pode fazer a reserva do seu passeio.

Bungee Jump Face Adrenalin

Do parque de Tsitsikamma seguimos direto para a Bloukrans Bridge, a maior da África do Sul para o salto de Bungee Jump. Inclusive, este é o bungee mais alto do mundo na categoria “pontes comerciais”, são 216 metros de altura que deixam qualquer um nervoso, até mesmo os que se dizem corajosos.

Como nos hospedamos no Face Tranquility lodge, em Nature’s Valley, ganhamos um desconto no salto e também um voucher que dava direito a uma caminhada pela ponte suspensa, que dá acesso à temida Bloukrans. No vídeo abaixo você vai ver um pouco da experiência no Face Adrenalin.

Também é permitido entrar com uma câmera Gopro e filmar todo o salto, porém fotos e vídeos oficiais são vendidos na lojinha do local. Todo o processo de reserva e pagamento foi feito pelo site oficial do Face Adrenalin, mais ou menos um mês antes, e o custo total foi de 900 Rands (R$ 212), já com todo o equipamento incluso. Ah, é obrigatório que o aventureiro ou aventureira cheguem ao local pelo menos uma hora antes do salto.

Nature’s Valley

Passada a adrenalina do salto no mais alto bungee jump de ponte do mundo, chegava a hora relaxar neste paraíso na Terra chamado de Nature’s Valley. E a estrada que dá acesso ao vale já chamou bastante a atenção por ser uma longa descida em espiral, em meio à toda aquela flora sul-africana. Uma via de mão dupla que conectava a movimentada N2 a um verdadeiro oásis de tranquilidade.

A beleza da lagoa Groot River, de toda a natureza ao redor e da praia quase deserta ficaram gravadas na memória, sem contar com os poucos e belos chalés de madeira que abrigam habitantes locais e turistas. Para quem não sabe, Nature’s é a única área habitada situada em um parque nacional, na África do Sul.  

Ah, em Nature’s Valley não há comércio, agência bancária ou coisas do tipo, mas apenas uma única lojinha onde o visitante pode comprar itens de primeira necessidade e também adquirir um mapa das trilhas na floresta. Um restaurante também se encontra na área, assim como alguns lodges  – entre eles o Face Tranquility, onde nos hospedamos – e um camping. Neste site você confere todas as informações para alugar um chalé de temporada por lá.

O céu de Nature’s Valley/foto: Rafael Dantas

Dia 2

O nosso segundo dia começou com um delicioso café da manhã na tranquila varanda do Face Tranquility e assim, com as baterias totalmente carregadas, pegamos o carro e partimos em direção a Plettenberg bay, ou simplesmente Plett, como é chamada localmente. Uma das principais cidades da Garden Route, cercada por uma belíssima paisagem de mar e montanha.

O percurso até Plett foi de apenas 37 quilômetros, em uma super bem conservada e sinalizada N2. Ao chegar lá nos deparamos com uma cidade movimentada, moderna e com uma área central repleta de hotéis, restaurantes e lojas, razões pelas quais Plett é conhecida como a versão sul-africana da cidade americana de Fort Lauderdale.

As praias de Plett são sensacionais em paisagens e estrutura para banhistas

No entanto, se existe algo que Plett tem de melhor para oferecer ao visitante são as praias. Entre elas a Praia Central, muito frequentada por famílias pela excelente infraestrutura com banheiro públicos, restaurantes e também por ser ótima para o nado. Lembrando que a costa da Garden Route – com destaque para Plett – é um dos melhores lugares do planeta para a observação de baleias e golfinhos.

A partir de maio já é possível assistir a esse espetáculo natural, empresas locais como a Ocean Blue e a Ocean Safaris promovem passeios de acordo com as normas – ou seja, causando o mínimo de impacto no habitat dos animais. Um passeio desse tipo sai em torno de 700 Rands (adultos) e 400 Rands (crianças de 4 a 12 anos).

Outras praias locais que valem a pena conhecer são Robberg beach – excelente para o nado e também para caminhadas matinais e de fim da tarde – e a Keurbooms Lagoon Beach, que fica a mais ou menos 10 quilômetros da Praia Central e é tida como mais “selvagem”.

Knysna

O nosso giro pela região não parou por aí, já que de Plettenberg bay seguimos por mais 30 quilômetros em direção à Knysna. Destino da Garden Route igualmente famoso pelo cenário de mar e montanha, além de ter sido eleito a melhor cidade interiorana da África do Sul. Antes de buscarmos essas paisagens, no entanto, fizemos um pit stop em Knysna Waterfront Quays, uma orla superbonitinha que concentra bares, restaurantes e lojinhas de souvenir. Veja mais sobre o local aqui.

Knysna Waterfront Quays/foto: Rafael Dantas

Outro waterfront que não fica atrás quando o assunto são belas paisagens é o de Thesen Island, situado em meio às águas tranquilas de um dos mais ricos estuários ecológicos da África do Sul. Para acessar esta marina você precisa ir de carro, partindo de Knysna Waterfront Quays. Alguns minutinhos que vão valer à pena não só pelo cenário, mas também pelos bons restaurantes do lugar.

Inclusive, nossa indicação por lá é o Tapas & Oysters, um restaurante imperdível pelos preços camaradas e pela vista que se tem da marina, enquanto saboreia-se deliciosas tapas como anéis de lulas fritas, o superlocal fígado de frango ao molho peri peri, além da porção de ostras super frescas. Huuum!

Knysna Heads

Algumas das praias mais famosas de Knysna são Brenton, Bollard e Buffalo bay. A lagoa (Knysna Lagoon) também não deixa a desejar em beleza e é o cenário perfeito para os amantes da fotografia, fora a água rasinha que acaba transformando o local em um grande playground para a criançada.

Mas, ao falarmos de Knysna, não podemos deixar de mencionar uma das vistas mais bonitas de toda a nossa estada na Garden Route: Knysna Heads. Um belo par de falésias que separam a lagoa do mar, um verdadeiro deslumbre! O melhor ponto de observação está em east head e para chegar ao local – saindo do centro de Knysna – basta seguir para Leisure isle e lá obedecer as placas que conduzem até o topo.   

Knysna Heads/foto: Rafael Dantas

Dia 3

Nosso terceiro e último dia na Garden Route foi dedicado à Mossel Bay, eleita pelo Guiness Book a segunda cidade com o clima mais ameno do mundo, em 1992. Mossel fica a mais ou menos 100 quilômetros distante de Knysna e, como não poderia ser diferente, no caminho até lá dá para curtir uma porção de belas paisagens de mar e montanha.

Além disso, essa cidade da Garden Route não deixa nada a desejar no quesito atrações. As praias de areia, por exemplo, são tidas como grandes destaques locais por oferecerem um ambiente propício para o nado, banho de sol e para a prática de atividades como o surfe e a pesca.

Inclusive, quatro das 23 praias blue flag da região de Western Cape estão em Mossel Bay – são elas Santos Beach (Madiba Beach), De Bakke Beach, Hartenbos Beach e Klein Brak Beach. As praias com o certificado internacional blue flag são referência em segurança, estrutura, limpeza e padrões de meio ambiente.

Game Drives

Em Mossel Bay o visitante vai conhecer museus, bons restaurantes, fazer trilhas pela região cênica e, nas proximidades, vai poder visitar reservas como Indalu – onde é possível observar elefantes na natureza – e Botlierskop, que oferece um game drive guiado pela área com espécies como rinocerontes, leões, girafas e hipopótamos. Lembrando que ambos os locais oferecem acomodação. 

Depois de um dia explorando Mossel Bay foi, realmente, difícil dizer adeus à Garden Route e seguir viagem para a Cidade do Cabo, um dos destinos mais famosos da África do Sul, cujo guia completo você confere aqui. Ah, antes que me esqueça, optamos por um caminho alternativo até Cape Town: deixamos a N2 depois da cidade de Swellendan, seguindo pela estrada rumo a Robertson.

girafas podem ser vistas em reservas próximas a Mossel Bay/foto: Rafael Dantas

No fim das contas a distância foi a mesma, a diferença é que o caminho alternativo é muito mais bonito – cercado de verde e montanhas – o tráfego de caminhões é menos intenso e, de bônus, ainda passamos por várias vinícolas. Como álcool e direção não combinam, não fizemos degustações, mas compramos algumas garrafas de recordação e também paramos no Platform 62, na cidade de Ashton, para provar um delicioso hambúrguer de carne de avestruz.

Dicas gerais da Garden Route

– As portas de entrada mais óbvias da Garden Route são a Cidade do Cabo – que fica a 385 quilômetros de Mossel Bay – e George, a maior cidade da Garden Route que se conecta – por meio de um aeroporto – a cidades como Joanesburgo e Cape Town.

– Locomover-se de carro é a melhor maneira de explorar a rota com calma e liberdade para parar onde quiser e ficar o quanto quiser. Encontrar uma locadora na região não vai ser nada difícil, mas o melhor, no entanto, é reservar o veículo com antecedência em sites de como o Rental Cars.

– Não deixe de tirar a sua carteira de motorista internacional para dirigir na África do Sul. O país aceita a carteira brasileira, porém o documento em inglês pode poupar tempo em uma possível parada, além de evitar maiores “encrencas”.

– Como dissemos anteriormente, algumas pessoas fazem a rota em apenas um dia, mas na nossa opinião essa não é uma boa ideia diante de tantas paisagens e atrações interessantes. A dica, portanto, é que o visitante reserve ao menos duas noites na região.

– Encontrar hospedagem na Garden Route também não vai ser nada difícil, pelo Booking você encontra opções para todos os gostos e bolsos. Se você é um apaixonado por praias e cenários de tirar o fôlego vai adorar as cidades de Plettenberg bay, Knysna e Mossel bay. Mas se a vontade é de ficar em um lugar super tranquilo e cercado de natureza, a dica é Nature’s Valley.

– Ter um bom mapa da região em mãos é altamente recomendável e, se puder, não deixe de adquirir um SIM-card para acessar a internet quando necessário. O nosso sim-card era da Vodacom, aqui você confere os preços dos pacotes de dados na África do Sul.

– Para economizar o seu pacote de dados, utilize um mapa offline. O Google Maps é uma boa ferramenta de criação de mapas, mas dessa vez montamos todo o nosso roteiro no aplicativo Maps Me. Baixe o app aqui;  

– Muita atenção ao dirigir na N2; Obedeça a sinalização e não ultrapasse a velocidade permitida. Metro cops estão por todos os lados e levar uma multa por excesso de velocidade não é algo incomum por lá, fora que você coloca a sua vida e a de outros em risco.

– Por todo a Garden Route há locais identificados por uma placa com o desenho de uma árvore. Nestas paradas – onde há mesinhas, em geral, sob árvores frondosas – você pode parar e fazer um delicioso piquenique.

– Durante nossa estada na Garden Route também passamos por alguns trechos em obras, na estrada. Em alguns deles a gente precisava parar e esperar durante um determinado tempo, pois apenas uma mão da pista estava aberta (o chamado “Stop and Go”). Informe-se em postos de gasolina sobre esses pontos.

– A Garden Route possui excelentes postos de gasolina, mas a quantidade não é grande. Não espere muito e abasteça sempre que possível para não correr o risco de ficar sem gasolina;

 – Costuma ventar muito na região da Garden Route, portanto, muito cuidado se o seu carro for leve, principalmente nas ultrapassagens.

– A Garden Route é, em geral, muito segura para o turismo, bem mais do que cidades como Joanesburgo e Cape Town. No entanto, o escritório estrangeiro local alerta para o risco de roubo de veículos e assaltos a mão armada em algumas áreas. A dica é estacionar somente em áreas iluminadas e não dar confiança a estranhos. Outra recomendação é evitar dirigir em áreas rurais no período da noite.

E você, já esteve na Garden Route? Deixe suas dicas nos comentários e participe!

Não perca nenhuma oportunidade!
ícone newsletter E-mail diário com promoções Receba as ofertas mais quentes no seu e-mail
tela do app do melhores destinos
Baixe grátis o nosso app Seja notificado sempre que surgir uma promoção