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Como é voar para a Europa com a TAM

Camille Panzera
11/04/2012 às 10:34

Como é voar para a Europa com a TAM

A TAM é a maior empresa aérea brasileira e a única a operar voos para do país à Europa. Apesar de nem sempre oferecer as melhores tarifas, a companhia é a preferida de muitos brasileiros por conta da facilidade do idioma, tanto da tripulação quanto no serviço de entretenimento, facilidade de conexões domésticas no Brasil, atendendo a centenas de cidades e pelo cardápio com comida brasileira. Outros, contudo, argumentam que os serviços da companhia são inferiores aos de suas concorrentes internacionais, que por vezes ofecerem uma tarifa melhor. Nossa especialista em destinos, Camille Panzera, fez o percurso de São Paulo a Madri pela companhia brasileira e relata os detalhes da experiência. Acompanhe e tire suas dúvidas:

 

Introdução

Em janeiro deste ano fiz uma viagem entre Guarulhos e Madri, pela Tam. Estou acostumada a viajar bastante, mas para esses voos no A330 tinha como parâmetro algumas viagens que fiz pela LAN em aviões 767-300.

O voo entre Guarulhos e Madrid, chegando ao temido aeroporto de Barajas, era direto e o tempo de trajeto esperado ia um pouco além de 10 horas.

 

Ida
25/01 – GRU-MAD – 20h55-10h05 (+ 1 dia)

Volta
02/02 – MAD-GRU – 20h50-04h55 (+ 1 dia)

– O fuso horário era de três hora, com o Brasil em horário de verão.

 

Compra
Como foi uma viagem de trabalho não tenho nenhuma informação sobre a compra. Me foi passado o e-ticket via e-mail e foi ele que utilizei para ter as informações que eventualmente precisei.

Check-in
No dia da viagem fiz o check-in cerca de 3 horas antes do voo, no próprio balcão da TAM. Antes de entrar na fila, um funcionário da TAM pediu os dados da minha passagem, checou meu voo, horário e passaporte antes que eu entrasse na fila de fato. Caminhando mais um pouco não tive que aguardar mais do que cinco minutos pois havia somente uma pessoa na minha frente – é sempre importante chegar cedo!

 

Avião/Serviço

O embarque iniciou-se cerca de 50 minutos antes da decolagem. Na porta do avião, o capitão cumprimentou todos os passageiros que embarcavam, assim como outros comissários de bordo fizeram o mesmo. Nas poltronas já estavam acomodadas as colchas de frio e travesseiros.  Como fiquei na última poltrona antes do corredor, que dividia para a segunda parte da classe, pude ver o comportamento dos comissários de perto – todos estavam bem alegres e foram espontâneos. Eu estava curiosa com algumas coisas, fiz algumas perguntas aos comissários e todos eles foram prestativos. Souberam contornar bem, inclusive, problemas alheios por causa de assentos.

O avião estava limpo, mas pelos televisores individuais percebi que não era novo. O espaço nos assentos era similar ao dos voos domésticos e eu não tive muito problema com isso, afinal, tenho apenas 1,60 m. Mas tenho certeza que para uma pessoa alta seria desconfortável passar tantas horas naquele espaço. Quando ainda nos acomodávamos os comissários passaram oferecendo balas e água.

Logo nos foi entregue um kit com meias, tampões de ouvido e uma escova de dentes com pasta dental, bem como os fones de ouvido. Como eu estava bem próximo ao banheiro (péssimo lugar), a aeromoça também me deu uma venda para os olhos, a fim de evitar que a claridade me acordasse. Até adiantou, mas o barulho da porta atrapalhou, então no final das contas ficou só como recordação.

Como era um avião de assentos 2-4-2, percebi uma grande diferença entre sentar nos meios e nas laterais.  Nunca havia me sentado na parte central desses aviões com três grupos de poltronas e senti um desconforto muito maior – se puder, evite!

Refeições

A decolagem não teve atrasos significantes. Após a estabilização da aeronave, foi oferecido um lenço para limpeza das mãos e em seguida o jantar. As opções eram carne e massa, acompanhados de uma pequena salada, sobremesa e um pão francês bem quentinho. Para beber havia água, refrigerantes, vinhos e cerveja.

Optei pela opção de carne que também acompanhava legumes e arroz. A comida estava quente, e  bem temperada. Os carrinhos de bebidas passaram mais duas vezes (três vezes no total), na primeira vez serviram bebidas geladas e na segunda cafés e chás.

Cerca de duas horas antes da chegada, foi feito o mesmo ritual no café da manhã: lencinhos, pratos, bebidas. A única diferença é que as opções no café eram ovos ou sanduíche. O sanduíche, que foi minha opção, não tinha nada especial, mas estava na média.

 

Entretenimento

Os televisores individuais forneciam as informações sobre o voo, filmes, seriados e programas de TV. Havia também canais de música com diferentes repertórios e estilos, e era possível criar um setlist com as músicas que você gostasse mais.

Achei a escolha de filmes e seriados bem moderna. Havia filmes de 2011, mas me decepcionei um pouco quando tentei assistir a um filme e apareceu um comunicado dizendo que ele estava indisponível. O tamanho do monitor era pequeno e incomodava caso eu tentasse ler alguma coisa – não ficava nítido (e eu não uso óculos). Havia outras opções de idioma para quem não entendesse português (espanhol, inglês, francês).

Fiz o voo de retorno ao Brasil num avião mais moderno, com televisores maiores, e isso fez toda a diferença. Como passei o trajeto de volta inteiro acordada, usei e abusei da programação do avião. Assisti quatro filmes, quatro seriados e ainda ouvi um CD inteiro. Não tive nenhum tipo de problema e fiquei contente do entretenimento a bordo ter sido tão eficiente.

Chegada
O final do voo foi tranquilo, mas nesses momentos finais os quatro banheiros da classe econômica foram pouco para o tanto de gente que queria usá-los.  Muita gente esperou 10, 15 minutos. Pouco antes de apertarmos os cintos a situação já tinha se normalizado. Aterrissagem tranquila… enfim chegamos! O problema agora era o frio de 0°C que o comandante tinha anunciado.

O avião parou no meio do pátio, por isso pegamos os ônibus para chegar ao terminal. Nos veículos havia mais lugares para ficar em pé do que sentado, um pouco diferente dos ônibus da Infraero.

Hora da imigração, fila pequena e nenhum problema. Ao chegar nas esteiras as malas já estava lá e quase não foi necessário esperar.

 

Conclusão

Os voos foram tranquilos e acho que compensa voar com a TAM, principalmente se houver oportunidade de ir com uma promoção da companhia. O serviço é parecido com o dos voos domésticos, com o diferencial de ter um pouco mais de regalias por ser um trajeto mais longo. É, no geral, um serviço razoável, sem observações muito positivas ou negativas – o esperado para um voo na classe econômica.

Em relação ao serviço de bordo, penso que poderia ser oferecida mais uma refeição, ou uma simples passada com o carrinho de bebidas. Afinal, quem não iria gostar de um chocolate quente no meio da noite, né? Vi muita gente acordada durante a viagem e acho que esse tipo de postura, que é adotado pelas boas companhias europeias, agradaria a muita gente. Tem  bastante gente que não dorme nem um pouco durante a viagem.

Para quem quer ter mais conforto, vale a pena tentar pegar um dos assentos laterais. Ainda é oferecido no check-in uma espécie de assento conforto, que são os primeiros da fila e por isso tem mais espaço para as penas. Não me recordo exatamente o preço mas achei caro.

 

E você? Já viajou com a TAM para a Europa? Deixe sua impressão nos comentários abaixo! Se fez ou vai fazer uma viagem com alguma empresa aérea que ainda não foi avaliada aqui no Melhores Destinos ficaremos felizes em publicar sua avaliação: entre em contato com a gente pelo e-mail dicas@melhoresdestinos.com.br Você  pode conferir todas as avaliações publicadas pelo MD neste post.

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