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Como é voar na AirTran Airlines

Denis Carvalho
11/02/2014 às 15:13

Como é voar na AirTran Airlines

A AirTran Airways é uma companhia aérea americana de baixo custo com sede em Dallas, no Texas. Fundada em 1994, ela seguiu como uma companhia independente até 2010, quando foi comprada pela Southwest Airlines. A AirTran opera mais de 700 voos diários, principalmente no leste e oeste dos Estados Unidos, com frota de 33 Boeings 737 e 70 Boeings 717  – a companhia é a maior operadora do modelo. Nosso leitor Érico Silva Muniz voou com a companhia de Nova York ao México e nos conta nessa avaliação como foi sua experiência. Acompanhe!

Por motivos de participação em congressos acadêmicos precisei viajar no último mês de julho aos Estados Unidos e em seguida ao México. Como o orçamento de pós-graduandos no Brasil é bastante limitado e meus auxílios de viagem não cobririam todas as despesas, não pensei duas vezes e decidi que voaria com o serviço mais barato que encontrasse nas datas que buscava para ir de Nova York até a Cidade do México.

AirTran-avaliacao

Estava feita minha escolha: minha primeira viagem ao país das tortilhas seria com a companhia americana AirTran. Assim começava a minha saga. Embarquei em Nova York (LaGuardia-LGA) e faria conexões em Atlanta (ATL) e San Antonio, no Texas (SAT), para finalmente chegar à Cidade do México (MEX).

Compra

A compra pelo site da companhia (airtran.com) foi eficiente. A página na internet é bem simples e pode ser acessada em inglês ou em espanhol. Paguei com meu cartão de crédito brasileiro tranquilamente depois de liberá-lo para transação no exterior no site do próprio banco. Como disse antes, o que motivou a compra foi o preço. Comprando o ticket com três meses de antecedência, paguei metade do que a maioria das outras companhias estava cobrando.

Para mim valeu a pena a tarifa porque viajaria apenas com uma bagagem de mão e um item pessoal (a mochila do meu laptop). A empresa cobra por todas as malas despachadas e os preços são diferenciados dependendo do momento da compra de bagagem extra. Se adquirir junto com a passagem é um preço, alteração depois é outro, na máquina do aeroporto ou diretamente com um atendente no guichê fica ainda mais caro. Enfim, tem que botar isso na ponta do lápis e pesquisar bem.

Check-in

O aeroporto de LaGuardia é o menor de Nova York, sendo bem acessível para que vem de Manhattan. De ônibus desci sem problemas já no terminal de embarque. O aeroporto é pequeno e em horários e dias concorridos pode virar uma loucura, como meu voo partiria às 6 da manhã de uma quarta-feira, inicialmente estava tudo bem tranquilo

Aeroporto LaGuardia

Aeroporto LaGuardia

.Tentei fazer check-in on-line e também nas máquinas de autoatendimento, o que é altamente recomendado pela companhia, mas como meu destino final era fora dos EUA não foi possível. Tive que falar com a atendente que revisaria passaporte, confirmaria normas de segurança e toda a ladainha reforçada em solo yankee.

Foto: Adam Fagen (Creative Commons)

Foto: Adam Fagen (Creative Commons)

Nesse momento descobri que meu voo estaria no mínimo 2 horas atrasado e, com isso, perderia minhas duas conexões. Pior ainda: como só havia uma saída diária para o México, teria que ter meu último voo remarcado para o dia seguinte.

Para resolver o impasse os funcionários foram eficientes porém sem muita gentileza. Reagendaram meus outros dois voos fazendo com que eu pernoitasse em San Antonio,  e planejando que eu chegasse no México apenas 24 horas depois do que havia previsto. Nesse momento ganhei apenas um “I’m sorry” e dois voucheres para lanchar em aeroporto no valor de 10 dólares cada.

Embarque

Seguindo para sala de embarque, acho que já se pode imaginar: voo atrasado daí sempre rola aquele tumulto de gente querendo saber o tamanho do estrago, qual a nova previsão de saída, etc.

 

LGA 1

Duas horas e alguns minutos depois embarquei no avião, um Boeing 737 que tinha uma configuração dessas às quais estamos bem acostumados no Brasil: 3 poltronas, corredor, mais 3 poltronas. Estava limpo, conservado e logo teria todos os assentos ocupados pelos ávidos passageiros agoniados com a espera.

Foto: Lynn Friedman (Creative Commons)

Foto: Lynn Friedman (Creative Commons)

Como viajava pra um congresso, consegui repassar algumas anotações e trabalhar um pouco no primeiro trecho que duraria aproximadamente 2 horas e 15 minutos. Os outros dois voos, com duração semelhante de tempo, também estavam direitinhos, aeronaves limpas e voos sempre lotados.

Serviço

O serviço dos comissários de bordo foi regular. Para comer nos três voos serviram uma bolachinha minúscula  que parecia sabor maisena com um copo de suco. Falavam apenas inglês mas devo confessar que o serviço não foi melhor nem pior do que esperava quando comprei a passagem promocional.

voo

Chamava atenção certa obsessão com recolher lixo, jornais e revistas. Em pouco mais de duas horas voando sempre passaram cerca deoito vezes recolhendo dejetos. O entretenimento sim foi uma boa surpresa e um ponto positivo. Além de uma revista velha com capa rasgada e com mais publicidade do que matérias, havia internet! Isso mesmo, wifi, rede mundial de computadores, conexão gratuita! Deu pra passar bem o tempo…

 

foto: Ted Murphy (Creative Commons)

foto: Ted Murphy (Creative Commons)

Quando desci o primeiro voo, em Atlanta, comecei a ficar inconformado com a ideia que pernoitaria no aeroporto texano ou que teria que pagar um hotel do meu bolso. Realocação em outra companhia segundo eles não era possível; comprar outra passagem do meu bolso, nem pensar.

Depois de quatro idas ao balcão de atendimento ao cliente garanti um voucher que daria direito a uma noite em um hotel próximo ao aeroporto de San Antonio, além de traslados de ida e volta e um jantar. Aceitei a oferta que naquele momento parecia presente de mãe. Fiquei confortavelmente hospedado no Hotel DuryInn Airport.

hotel 1

No fim da tarde cheguei a San Antonio, onde dormiria para no dia seguinte terminar minha longa viagem aterrissando no aeroporto da cidade do México. Esse último voo transcorreu tranquilo como os demais. Limpeza, avião lotado, cordialidade, bolachas, revistas velhas e internet. Como viajei só com bagagem de mão não sei como foi o processo de retirada de malas.

Conclusão

Moral da história: vale a pena voar pela AirTran? Hummm, é complexo. Fazer muitas conexões com pequeno intervalo sempre é arriscado. As chances de problema com um voo que só sai uma vez por dia são sempre maiores. Sei que nesse caso, não tive sorte. Voaria com eles novamente? Buscaria outra companhia, mas se o preço seguisse imbatível, voaria sim. Afinal de contas, sou daqueles viajantes que pensa que luxo e glamour da aviação são bônus dos quais facilmente se abre mão.

Agradecemos ao Érico pela ótima avaliação, que certamente será muito útil a todos os leitores que planejam viajam aos Estados Unidos, já que é difícil encontrar informações sobre a AirTran em português. E você? Já voou com a companhia? Deixe sua opinião nos comentários e participe! Já publicamos quase 100 avaliações de companhias aéreas do mundo todo. Confira todas neste post!

 

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